Protestos e paralisação das Operações dos MegaProjectos em Moçambique: Causas, riscos e soluções?

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Moçambique encontra- -se num dilema crítico: os mega-projectos representam simultaneamente uma fonte indispensável para a economia nacional e um motivo de insatisfação social crescente. Projectos como a Mozal (alumínio), Kenmare (areias pesadas) e Sasol (gás natural) sustentam mais de 70% das exportações do País, garantindo Protestos e paralisação das Operações dos Mega-Projectos em Moçambique: Causas, riscos e soluções? divisas essenciais, estabilizando a balança comercial e atraindo Investimento Directo Estrangeiro (IDE). No entanto, a percepção de que esses projectos oferecem benefícios limitados às comunidades locais e contribuem pouco para o desenvolvimento inclusivo tem alimentado manifestações e protestos.

As manifestações recentes em Topuito (Nampula), Matola (Maputo) e Inhassoro (Inhambane), embora derivadas de causas legítimas – como a falta de oportunidades de emprego, a fraca responsabilidade social das empresas e a desigualdade económica –, apresentam riscos substanciais para a economia moçambicana. A paralisação das actividades dos megaprojectos, mesmo que temporária, poderia desencadear efeitos catastróficos no crescimento económico, na estabilidade cambial e na arrecadação fiscal. Dados recentes mostram que a desaceleração económica, já visível nos últimos trimestres, está amplamente associada à vulnerabilidade da economia moçambicana perante a flutuações na indústria extractiva, que é a principal locomotiva do crescimento do PIB.

Leia o artigo na íntegra, na página 7 da 6ª edição da Revista Business&Legal, disponível aqui