A importância das obrigações verdes no financiamento sustentável
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Asustentabilidade tem exercido uma forte influência em diversos setores, incluindo a emissão de divida e os investimentos financeiros. Nesse contexto, as obrigações verdes ganham destaque, como um exemplo concreto de como é possível obter retorno financeiro, enquanto investimos e promovemos a mudança, para a melhoria da vida no planeta.
As obrigações verdes são empréstimos cujo capital é direcionado para o financiamento de projetos climáticos e ambientais. Cada obrigação representa uma parte desse empréstimo, que gera rendimentos ao longo do período de vida desse empréstimo. Esses rendimentos podem ser pagos durante a vida útil da obrigação ou na sua maturidade, ou seja, na data de vencimento da obrigação – quando o dinheiro investido têm de ser devolvido aos investidores.
Essas obrigações verdes têm como objetivo financiar uma ampla gama de projetos focados na sustentabilidade ambiental. Destacam-se áreas como: a eficiência energética, a agricultura sustentável, proteção dos ecossistemas ou energias renováveis, e as tecnologias limpas e estratégias de combate às mudanças climáticas.
O mercado de obrigações verdes tem evidenciado um crescimento significativo nas últimas décadas, impulsionado pela crescente procura por produtos de investimento sustentáveis relacionados ao meio ambiente. Além disso, houve uma expansão na oferta e promoção desses produtos, bem como a necessidade de atrair investimento privado para atingir metas ambientais.
A decisão de classificar uma obrigação como verde cabe aos emissores, com base em orientações definidas pelos organismos reguladores, bolsas de valores e associações de mercado. Diversas organizações desenvolveram normas de certificações de sustentabilidade para proporcionar transparência adicional sobre a qualidade, e o desempenho ambiental de produtos, processos ou serviços.
O uso dessas certificações como referência para avaliar se um investimento é verde, foi-se tornado prática comum no mercado de obrigações. Os emissores costumam assim incorporar essas normas necessárias para a certificação, nas suas estruturas operacionais, e assegurar assim a limitação do uso ambiental aos recursos captados. Um exemplo de princípios amplamente adotado é o conjunto de Princípios das Obrigações Verdes, publicado pela Associação Internacional de Mercado de Capitais (ICMA) em 2014.
Leia o artigo na íntegra, na página 50, da Iª Edição da Revista Business&Legal, disponível aqui